terça-feira, 15 de março de 2011

Quântico

O melhor quadro que já pintei!

Pedrinhas nos vidros...

Um suspiro, mão na garganta, suspendo da cama, corto o ar...

Na ausência de ruídos, vejo você;

Uma serenata, com teus lábios bailando palavras sem som.

Sim, da falta fazemos abundância.

Lembrei de como acontecem milagres.

Não preciso de mapas.

Você sempre esteve aqui,

Ali, embaixo, sem saber;

Parado, achando graça, 

Balançando a cabeça, fazendo do “não” pro que há de sim.

Você sempre subiu,

Atravessou pelas paredes;

Você, que me lembra Pessoa e Lídia, à beira do rio,

Toma a minha mão;

Converte a minha fé!

Viu minhas vertigens,

Acariciou incertezas;

Você, pra quem escrevo de madrugada,

Quando as horas preguiçosas controlam meus dedos hipinotizados pela ideia da sua possibilidade.

É de você que lembro, quando quero brotar.

Está nas gravuras, impressas nos olhos que nunca viram;

No frevo das cores;

No que só a sépia é capaz de capturar;

E eu, encarnada, esqueci.

Está na virgindade do branco,

Grávida de potencial.

Em tudo o que pulsa, pro aplauso do estouro.

Você que não é osso, não é limite, não cabe no espaço;

Vence o tempo e me derruba.

Aquele que é.

Idéia, tato, conexão, está em todas as plataformas de chegada,

Em tudo o que é bom.




2 comentários:

  1. Quando iniciei a escrita, tive bons professores e anjos que me apontaram o "caminho das pedras". Vc é meu anjo. Nunca esquecerei disso!! Volte sempre, amigaa!!

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