Não há outra saída;
A não ser dar-te tudo o que, em mim, escorre prece;
Os mais certos pedidos;
A mais limpa intenção;
Nasceste em meu mundo, no tempo em que ser mulher era só ensaio.
Agora, das letras que me escrevem,
São tuas as palavras;
Tijolos da torre.
Sobe.
E, devagar, deixa que te tragam;
Até aqui, acima do céu, via láctea, espetáculo;
Porque na escuridão do espaço, eu te vejo.
Dançarei, na areia, sob a lua, em nome disso.
Vou olhar pra cima e declarar que o desejo repousa, no fundo das conchas, eterno.
Habita a distância entre as montanhas;
Mora na sorte das estrelas cadentes.
O quanto te quero está na emoção, atrás das coxias, segundos antes da entrada;
Na pausa para a puxada das cortinas;
No céu, rasgado em fogos, em noite de ano novo.
E estarei contigo em tudo o que de belo teus olhos tocarem;
Na arte natural dos mais felizes encontros;
Porque é no extraordinário que nos revelamos.
Onde o sagrado põe-se a orar.
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