Palavra leite;
Palavra mel.
Nutre, calcifica, adoça;
Quero-te;
Amo-te;
Venero-te;
Vem, satélite natural de mim;
Raio de outono;
Rodopio de folhas, dentro dos tornados.
Atira,
Rompe,
Sacode;
Entorta;
Vem me cantar;
Encher de fitas meus cabelos;
Dizer onde, arrebatar;
Encara, faz brilhar.
Depois, me cobre, encombre, imanta;
Ó divina, vem me ninar.
Põe-me no colo, em um altar;
Cala, palavra.
Remove véus;
Move as páginas da bíblia.
E aí volta...
Nasce em mim, entranha;
Anoitece neste corpo;
Toma, pelas mãos, dos dedos, que sonham tocar-te.
Sou teu instrumento.
De leve, bem leve.
E, depois, forte, quase a morte;
Cega, engole,
Amolece meus ossos,
E, em seus de-leites,
Faz decolar!
Lindo, sensual, profundo e sincero!!!
ResponderExcluirParabéns Amiga!
Continue escrevendo, queremos te ler!
BJus!
Joelma Paula.
Lindo! Não quero entender a sua "palavra". Ler e sentir, é tudo de bom. Parabéns.
ResponderExcluirAi, me emocionei!!
ResponderExcluirMarcinha,
ResponderExcluirTô no maior gás!!!! Seu elogio me deixa toda boba! Vou te visitar, também!!