terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Receita de Mulher?

Quando chegar, terá que ser algo de belo, de fresco, leve,
Macio, firme.
A comida do cheiro, na brisa do vento.
Terá que não incomodar, não provocar náuseas, na presença, nem na ausência.
Terá que ser profundo e simples, côncavo, um abraço.
Terei eu que fazer o que, então?
Não, não terei que fazer nada!
Há tempo em que não há o que fazer;
Mas se todos dizem que assim, que acolá, que não me mostre logo, que seja mistério, algo sério?
Se dizem e ensinam receitas do que seja, de quem eu seja, do que diga ou cale, do que queira ou fale?
Do que cabe, do que é exagerado de grande ser?
E se a pressa dos apaixonados me pegar?
Se eu quiser acelerar? E me apresentar e sorrir e pular corda?
Terei eu que ficar muda, quando o meu amor chegar?
E, se assim funcionar, pra quem funcionará?

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