Não quero prosa, nem poesia.
Prefiro a gravidez do verbo;
Parto normal;
A centelha do primeiro sopro.
Na nudez da frase, quero febre;
E um frio, no ponto final.
Corpo presente,
Olhos vidrados,
Alma bailando.
A explosão de um suspiro, no meio da fala;
Costurar meu peito no teu;
E formar constelação.
Se teus ouvidos calarem meu pranto;
Se tua mente materializar meu riso;
Se tua pele sentir esse corte;
Se essa luz te fizer brilhar;
Então, hei de não querer nada mais.
Nem métrica, nem rótulo,
Nem verso, nem rima;
Porque aí, meu bem,
Estaremos bem, bem acima.